Convento de São Domingos

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Convento de São Domingos

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMAP/ECL/CSDGMR

Tipo de título

Atribuído

Título

Convento de São Domingos

Datas de produção

1443  a  1829 

Dimensão e suporte

29 liv.

Entidade detentora

Arquivo Municipal Alfredo Pimenta

História administrativa/biográfica/familiar

É um dos mais antigos conventos fundados em Guimarães. Segundo Frei Luís de Sousa, na história de S. Domingos, a então vila de Guimarães, no ano de 1270, convidou os dominicanos a fundarem uma casa conventual. Com esse fim, chegam à vila em Dezembro quatro religiosos dominicanos, entre os quais o Prior de S. Domingos do Porto, tendo reunido com as pessoas mais notáveis da vila e do povo, na capela de S. Tiago na Praça, sendo-lhes ali concedida a licença para a fundação, demarcando-se-lhe um local perto da porta da vila, junto à Torre da Nossa Senhora da Piedade, hoje no Toural à entrada da Rua da Rainha.Com esmolas e ajudas compram casas e quintas, começando a obra junto ao muro novo, em 1271, no reinado de Afonso III, concluindo-se oito anos mais tarde. No entanto, em 1323, D. Dinis manda derrubar o convento, devido ao perigo que podia acarretar para a defesa da vila, como se comprovou aquando da rebelião do Infante D. Afonso, que quase conquistou a vila aproveitando-se da vizinhança do seu muro de defesa.Desalentados, só mais tarde é que os frades, marcado novo local para edificação, a cerca de 130 passos a Poente do antigo convento, principiaram a construção do novo convento. As obras vão sendo feitas com ajuda de esmolas, principalmente do arcebispo de Braga, D. Lourenço Vicente, do fidalgo D. Afonso de Briteiros e dos bispos de Burgos, que lhes deixou a sua livraria. Este edifício foi durante muitos anos um seminário.Em 1297, juntamente com os franciscanos, fazem um acordo com a Colegiada para regulamentar a pregação nas igrejas de Guimarães. Este acordo foi depois renovado em 1 de Abril de 1409.A igreja de três naves e dez altares laterais, uma das mais espaçosas e elegantes de Guimarães, sofreu profundas alterações durante os séculos XVIII e XIX. No ano de 1744 a câmara, em sessão de 3 de Março, deu verbas para substituir a capela-mor primitiva por uma outra, certamente, mais ampla, mas sem qualquer beleza arquitectónica. Em 1770, por diligências de Rodrigo de Sousa da Silva Alcoforado, da Casa de Vila Pouca, fez-se uma nova porta principal barroca. Em 1874, a Ordem Terceira e irmandades ali constituídas, reformam toda a igreja, que ameaçava ruir, com pinturas, dourados e estuques, sendo restituída ao culto cinco anos mais tarde. Todas estas sucessivas obras desfiguraram inteiramente a velha igreja gótica. Com a extinção das ordens religiosas a igreja ficou abandonada, sendo mais tarde cedida à Ordem Terceira de S. Domingos, por D. Maria II, em 24 de Janeiro de 1851 e dado o convento à câmara por decreto de 25 de Abril de 1842, tendo servido em 1839 de quartel militar e, em 1842 foi convertido no Tribunal Judicial.Em 1888 parte do convento foi ocupada pela Sociedade Martins Sarmento, com o fim de nele se estabelecerem os museus, biblioteca e demais dependências da instituição. Hoje a igreja é a paroquial da freguesia de S. Paio.

Localidade

Guimarães

Estrutura interna/genealogia

Após o estudo efectuado a este arquivo, já desactivado, constatamos que apenas existia uma divisão sectorial, o Cartório do Convento de S. Domingos - que operava o controle e tratamento da informação. A sua acessibilidade e recuperação faziam-se pelos diferentes registos assentes nos dois tombos, ou através dos índices tipológicos existentes em cada livro. Todos eles foram ordenados numericamente. Saliente-se que existem duas numerações, sendo que a primeira apresentada no catálogo é a original e a segunda atribuída a um senhor de nome "Peixoto". Em relação a este não nos foi possível determinar a sua função nem a data em que terá sido colocada.Atendendo à seguinte advertência manuscrita existente no tombo n.º 2 das propriedades de fora do Convento de S. Domingos, datado de 1758 (?) "Por causa do cartório deste convento estar em tanta confusão desordem querendo-se saber os títulos de algumas propriedades senão sabia donde estavam sem que primeiro se buscasse o cartório todo Se ordenou e compôs este livro" , concluímos que a organização e ordenação deste cartório se efectuou no ano supracitado.

História custodial e arquivística

Este arquivo foi incorporado aquando da criação do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta de acordo com o decreto de lei. nº. 19.952 de 27 de Junho de 1931 e republicado em 30 Julho desse mesmo ano.

Âmbito e conteúdo

Constituído por livros de escrituras de prazos, compra, venda, arrematação de terras, sentenças, etc.

Tradição documental

Tipo técnica de registo

Sistema de organização

Organização segundo critérios orgânicos e funcionai

Condições de acesso

A comunicabilidade dos documentos está sujeita ao regime geral dos arquivos e do património arquivístico (Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de Janeiro). O livro com a cota MC -94 está interdito à consulta devido ao seu estado de conservação .

Condições de reprodução

A reprodução deverá ser solicitada por escrito, através de requerimento dirigido ao responsável da instituição. O seu deferimento encontra-se sujeito a restrições, atendendo ao estado de conservação e o fim a que se destina.

Idioma e escrita

Escrita

Instrumentos de pesquisa

ARQUIVO MUNICIPAL ALFREDO PIMENTA [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha].GUIMARÃES:AMAP, 2015. Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Em atualização permanente.