Convento de Santa Rosa Lima

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Convento de Santa Rosa Lima

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMAP/ECL/CSRLGMR

Tipo de título

Atribuído

Título

Convento de Santa Rosa Lima

Datas de produção

1725  a  1884 

Dimensão e suporte

3 liv., 3 mç.; papel

Entidade detentora

Arquivo Municipal Alfredo Pimenta

História administrativa/biográfica/familiar

O Convento de Santa Rosa Lima situava-se na antiga rua da Travessa, mais tarde, rua de Santa Rosa Lima e hoje denominada rua das Dominicas. A pretensa fundação de um recolhimento onde pudessem viver virtuosa e clausuradamente algumas donzelas aconteceu na primeira metade do século XVII por acção de alguns devotos, entre os quais, o padre Frei Sebastião, prior do Convento de S. Domingos de Viana do Castelo. Desta forma, com o dinheiro de esmolas compraram-se pequenas casas e algumas terras, na rua da Travessa, hoje de Santa Rosa de Lima e aqui viveram em recolhimento, dedicado a esta Santa Virgem, algumas senhoras. Por volta de 1680 obtiveram, da confraria Senhora da Graça, administradora do antigo hospital, a cedência de antigas casas deste, bem como hortas e a capela de S. Roque para aí viverem e professarem. De acordo com a escritura, lavrada a 3 de Fevereiro, ficaram os confrades com os encargos da administração dos bens da confraria e hospital e as freiras com obrigação de comprarem casas para albergarem os pobres.Tomaram o hábito nesse mesmo ano, das mãos do prior de S. Domingos, de Guimarães e entraram solenemente na sua nova casa ou conservatório acompanhadas por uma grande parte do povo, magistrados régios e nobreza. No ano seguinte, professaram perante o provincial frei Agostinho de S. Tomás, ratificando os votos de obediência, pobreza e castidade e jurando guardar perpétua clausura.Constituída a comunidade regular, as freiras começaram então a desenvolver as obras do convento, até ali pequeno e pobre. Em 1725, com a Prioresa Madre Catarina das Chagas, deu-se início a grandes obras de pedraria, que aumentaram e deram grandiosidade ao convento. Em 1736 iniciam-se as obras em madeira, sendo Prioresa Madre Mariana da Encarnação, e do retábulo do altar-mor sob o risco do mestre portuense José da Fonseca, concluído em 1741. Em 1745, a Prioresa a Madre Maria de Jesus mandou fazer os altares laterais.O facto das freiras terem em suas mãos o dever de recolher e tratar os pobres que se albergavam no hospital de S. Roque, embora a sua administração continuasse a pertencer à confraria de Nossa Senhora da Graça, deu origem a graves problemas e divergências, que as religiosas tentaram resolver. A 6 de Novembro de 1733 obtiveram uma provisão d?El Rei D. João V para fazerem com os confrades um novo contrato, assim, em virtude de tal provisão e estando de acordo ambas as partes, foi lavrado pelo tabelião Brás Lopes, a 14 de Setembro desse ano, nova escritura, através das qual conseguiram que tudo fosse transferido para o seu poder, ficando no entanto sujeitas às mesmas obrigações e encargos que a confraria possuía. Na primeira metade do século XVIII obtêm do papa Clemente XII a graça de usar véu e capa preta, e passar para a segunda regra do patriarca S. Domingos, sujeitas sempre no espiritual à jurisdição do provincial da sua Ordem. No entanto, em 1747 esta jurisdição passou para o arcebispo de Braga.Em 1776, as freiras recorrem ao papa Pio VI, para lhes confirmar a graça do véu preto, com as condições do primeiro Breve autorizando-lhes a mudança para jurisdição dos arcebispos e elevar o número de religiosas para quarenta. Este convento foi sempre muito conhecido pelo excelente doce de fruta e bonitos trabalhos em linho, que ali se manufacturavam e exportavam, fundamentalmente, para o Brasil e Inglaterra, constituindo um dos ramos mais produtivos e notáveis da indústria vimaranense.Com a extinção das ordens religiosas e a demolição da igreja paroquial de S. Sebastião, no século XIX, ficou a igreja das dominicas, como é vulgarmente chamada, a substituí-la na sua função paroquial, dando assistência religiosa aos habitantes da freguesia de S. Sebastião.

História custodial e arquivística

O arquivo do Convento de Santa Rosa Lima terá sido incorporado no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, aquando da sua criação, de acordo com o disposto no capítulo XXIV do decreto nº 19.952 de 27 de Junho de 1931, republicado em 30 de Julho do mesmo ano.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Este arquivo foi incorporado aquando da criação do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta de acordo com o decreto de lei. nº. 19.952 de 27 de Junho de 1931 e republicado em 30 Julho desse mesmo ano.

Âmbito e conteúdo

O arquivo do convento de Santa Rosa Lima é composto pelas séries dos livros do celeiro, pelos processos de aceitação de missas e por um livro de recibos.

Tradição documental

Tipo técnica de registo

Sistema de organização

Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.

Condições de acesso

A comunicabilidade dos documentos está sujeita ao regime geral dos arquivos e do património arquivístico (Decreto-Lei nº 16/93, de 23 de Janeiro)

Condições de reprodução

A reprodução deverá ser solicitada por escrito, através de requerimento dirigido ao responsável da instituição. O seu deferimento encontra-se sujeito a algumas restrições tendo em conta o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Escrita

Instrumentos de pesquisa

ARQUIVO MUNICIPAL ALFREDO PIMENTA [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha].GUIMARÃES:AMAP, 2015. Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Em atualização permanente. Catálogo publicado no BTH Série II, vol. VII de 2006.

Unidades de descrição relacionadas

INVENTÁRIO DE EXTINÇÃO DO CONVENTO DE SANTA ROSA DE LIMA DE GUIMARÃES -PT/TT/MF-DGFP/E/002/00019

Notas de publicação

Referência bibliográficaARAÚJO, António Sousa, SILVA, Armando B. Malheiro – Inventário do fundo monástico conventual. Braga: Arquivo Distrital de Braga; Universidade do Minho, 1985. 228 p.; 23 cm