Fábrica de Curtumes de Roldes

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Fábrica de Curtumes de Roldes

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMAP/EMP/FCR

Tipo de título

Atribuído

Título

Fábrica de Curtumes de Roldes

Datas de produção

1901  a  1970 

Dimensão e suporte

50 doc.

Extensões

1210 Megabytes
1,42 Gigabytes
16 Folhas
12 Cadernos
4 Capas
2 Livros
3 Capilhas

Entidade detentora

Arquivo Municipal Alfredo Pimenta

História administrativa/biográfica/familiar

A 9 de Janeiro de 1923, foi fundada no lugar de Roldes, freguesia de Sta. Eulália em Guimarães a “Fábrica de Curtumes de Roldes, Limitada”, uma sociedade por quotas, cujo objecto de exploração seria a indústria de curtumes. O grande impulsionador desta empresa foi Alberto Cardoso Martins de Meneses Macedo, filho do Conde Margaride, contudo a falta de capital com que se debateu levou-o a constituir sociedade com Joaquim Ribeiro da Silva, proprietário e industrial, sócio na Fábrica do Castanheiro e pelo João Malheiro de Sousa Meneses, um oficial do exército, todos eles residentes em Guimarães. Composta a sociedade e as respetivas atribuições, foi dado início à construção da fábrica e à compra da maquinaria. Esta empresa foi pensada e estruturada de acordo com o que mais moderno existia na altura, representava a vanguarda em termos nacionais.Em 1924, a empresa atravessou grandes dificuldades de ordem financeira e João Malheiro de Sousa Meneses decide, por sua iniciativa, abandonar a empresa, retirando-se para Lisboa com o seu capital. Nesta altura, dá-se o alargamento da sociedade, com os novos sócios, na sua maioria proprietários e industriais provenientes de Guimarães e do Porto, a desempenharem fundamentalmente um papel de investidores, à exceção de Inácio da Cunha Guimarães, industrial, sócio da Fábrica de Tecidos de Vizela, que, no pouco tempo em que esteve ligado a esta empresa, assumiu um papel diretivo de destaque. Por esta altura não se alterou apenas a sociedade, modificou-se a própria forma de administrar a empresa, a partir daqui esta seria gerida não por todos os sócios, como acontecia em 1923, mas por um conselho de administração nomeado entre os vários sócios. Contudo, em 1930, a empresa encontra-se praticamente falida, a sociedade criada em 1924 com o objetivo de salvar a empresa não dera resultado, os prejuízos eram enormes e a solução mais viável passava pelo encerramento da fábrica. O Major Margaride, homem teimoso e de grande convicção, acreditava na viabilidade da empresa. Com este pensamento positivo, resolve recomeçar tudo de novo. Começou por fundar uma nova sociedade, composta apenas por seus familiares, e dar um novo nome à fábrica, denominando-se agora “Fábrica de Curtumes de Caneiros, Limitada”, com um capital social de 160 contos. Esta nova sociedade era gerida por um o conselho de administração, presidido pelo Major Margaride, como gerente efectivo, tendo como substitutos seu irmão Luís Cardoso Meneses Macedo e seu filho Domingos Cardoso Meneses de Macedo. O conselho fiscal era constituído pelos sócios: João Maria Cardoso Macedo de Meneses e João Felgueiras Cardoso Macedo de Meneses. No entanto, esta sociedade não duraria mais de dois anos e foi dissolvida em 1932. Em 1932 a empresa volta à sua denominação original, Fábrica de Curtumes de Roldes, Lda, em resultado da constituição de nova sociedade. Esta era vista como capaz de guiar a empresa rumo ao sucesso. Sem dúvida esta era composta por um grupo forte, onde se destacavam os irmãos Mendes de Oliveira, capitalistas e industriais, possuidores de uma das mais importantes fábricas de curtumes de Guimarães, a “António de Oliveira e Filhos, limitada”, bem como de pela primeira vez contar com um gerente técnico com competência e méritos reconhecidos, António Rodrigues Garcia, para além do Major Margaride e Joaquim Ribeiro da Silva, de volta à empresa que ajudou a fundar.O crescimento que a empresa obteve entre 1936 e 1940 não teve continuidade nos anos subsequentes. Em julho de 1950, por deliberação da gerência, a empresa foi encerrada reabrindo apenas, passados 6 meses, em janeiro de 1951.Em 1969, como resposta aos sucessivos prejuízos a gerência resolve fazer um esforço e proceder à renovação da maquinaria e à reorganização da contabilidade. Os elevados e consecutivos prejuízos levaram Augusto Ribeiro da Silva a propor a compra das quotas aos restantes sócios. Segundo ele esta era a “única forma de a empresa conseguir sobreviver”. A 23 de Abril de 1974, Augusto Ribeiro da Silva e alguns familiares assumem os destinos da empresa, tendo a convicção que agora estariam reunidas todas as condições para que esta de uma forma definitiva prosperar.

História custodial e arquivística

Aquisição por contrato de depósito efetuado, em 01 de setembro de 2019.

Âmbito e conteúdo

Constituído por documentação recebida, produzida e acumulada pela órgãos de gestão da fábrica de Curtumes de Roldes e outra colecionada por membros da empresa.

Sistema de organização

Organizado por tipologia formal dos atos.

Condições de acesso

Disponível à consulta de acordo com o regime de comunicabilidade exarado no disposto no artigo nº 17, do Decreto-Lei nº16, de 23 de janeiro de 1993.

Instrumentos de pesquisa

ARQUIVO MUNICIPAL ALFREDO PIMENTA [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. GUIMARÃES:AMAP, 2015. Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Em atualização permanente.