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Carta de Oliveira Salazar para Alfredo Pimenta

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Carta de Oliveira Salazar para Alfredo Pimenta

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Carta de Oliveira Salazar para Alfredo Pimenta

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/AMAP/FAM/AALP/01-02-02/001-5747/10-29-19-4-52

Tipo de título

Atribuído

Título

Carta de Oliveira Salazar para Alfredo Pimenta

Datas de produção

1947-09-27  a  1947-09-27 

Dimensão e suporte

6 f. (11 x 14 cm); papel

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

O processo disciplinar instaurado a Manuel Anselmo.

Tradição documental

Tipo técnica de registo

Marcas

Timbre da Presidência do Conselho.

Assinaturas

Oliveira Salazar

Condições de acesso

Comunicável

Condições de reprodução

A reprodução deverá ser solicitada por escrito através de requerimento dirigido ao responsável da instituição

Aspeto físico

Cota atual

10-29-19-4-52

Idioma e escrita

Escrita

Notas de publicação

Referência bibliográficaPublicada in: SALAZAR E ALFREDO PIMENTA: Correspondência, 1931-1950 / Prof. Manuel Braga da Cruz .[Lisboa]: Verbo, 2008, pp. 309-310.

Transcrição

Ex.mo Sr. Dr. Alf. Pimenta Peço muita desculpa a V.a Ex.a de não ter logo respondido à sua carta que recebi aqui devolvida de Lisboa com algum atraso. Apesar de me encontrar em férias - as primeiras desde 1936 - e de trabalhar muito pouco, tenho sentido dificuldade de responder às cartas que recebo. Resumo ao essencial as respostas. Não é exacto que tenha sido instaurado processo disciplinar ao M. A. por causa do artigo de A Nação. Quanto à matéria deste limitei-me a mandar pedir ao autor informação mais concreta acerca dos serviços exclusivamente prestados ao chefe, e pagos com dinheiro e lugares da Nação. Em ofício dirigido ao Embaixador sob cujas ordens se encontra em Roma, M. A. não dá explicações e afirma não devê-las. Refere-se odientamente e em termos pouco claros a um alto funcionário também citado no artigo. Coloca-se porém ao meu dispor para em conversa me fornecer os casos que lhe pedi indicasse e que não quis dar. Não receberei o M. A. pelos motivos que dentro de algum tempo se tornarão públicos. No mesmo correio que trouxe a carta de V.a Ex.a recebi a comunicação de factos muito graves que lhe são atribuídos. Por mim creio que o inutilizam. Faço a V.a Ex.a - e exclusivamente para seu conhecimento - esta semi-inconfidência para responder à parte da carta em que V.a Ex.a advogava se salvasse o M. A., devido ao seu valor intelectual. Não tenho feito outra coisa trazendo-o de terra em terra e de lugar em lugar exactamente para que se salve. É sem dúvida inteligente mas não possui o mínimo de equilíbrio necessário a uma vida estimável. Infelizmente suponho ter ultrapassado os limites em que se pode contar com a minha benevolência. Mas não está em causa o artigo que aliás fala por si. Tristezas da vida! Muito estimo que V.a Ex.a tenha restabelecido as suas forças com as férias e algum descanso e peço me creia Com toda a consideração De Ex.a M.to At.o Ven.or e Gr.o Oliveira Salazar