Casa da Pousada

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Casa da Pousada

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/AMAP/FAM/CP

Tipo de título

Atribuído

Título

Casa da Pousada

Datas de produção

1302  a  1476-07-03 

Dimensão e suporte

10 perg.

Entidade detentora

Arquivo Municipal Alfredo Pimenta

História administrativa/biográfica/familiar

Em 1258, nas inquirições de D. Afonos III efetuadas no julgado de Guimarães, há referência a 4 casais pertencentes a Urraca Nunes Manteiga, que terão sido o núcleo originário da Quinta da Pousada. Dona Urraca deixa as terras de Pousada à sua filha, Auzenda Annes de Guimarães, casada com Gonçalo Gomes Peixoto, da família dos Peixotos, senhor de Pardelhas, de Fafe que aqui construíra a Torre da Pousada. Estas terras foram deixadas a seu filho, Gonçalo Gonçalves Peixoto, cónego da Sé de Braga e da Colegiada de Guimarães, abade de Tolões e de vila Cova, que por sua vez, instituiu o morgado em seu filho, legitimado em 1292, Gomes Gonçalves, cónego da Colegiada de Guimarães e 1º administrador do morgado da Pousada. Além deste, foram legitimados, por Dom Dinis, em 1323, mais quatro filhos: Álvaro Gomes Peixoto, Vasco Gomes Peixoto, Rui Gomes Peixoto, Gil Gomes Peixoto. Gil Gomes Peixoto, clérigo de missa, sucede no vínculo a seu pai, Gomes Gonçalves que, por sua vez, o transmitiu a seu filho, Álvaro Gil Peixoto, abade de Unhão. Mais tarde, Álvaro Gil Peixoto passa o morgado a Diogo Álvares Peixoto, filho legitimado por D. João I, em 2 de agosto de 1401 e último descendente desta linha.Apesar de ser ténue a documentação sobre este a Casa da Pousada, existe um pergaminho que dá conta que Vasco Gonçalo Peixoto, um dos filhos do 1º administrador da Casa da Pousada, dá posse a seu filho, Gonçalo Vasques Peixoto, de umas casas em Miragaia e de todos os bens que lhe couberam por morte da sua mãe, Maria Airas, sua primeira mulher (pergaminho nº 36). Vasco Gonçalo Peixoto teve mais filhos: João Vasques Peixoto, Comendador de Faia e administrador da Casa Da Pousada, Rui Vasques Peixoto, filho do 2º casamento com Maria Nicolas, Violante Vasques Peixoto, casada com Martim Esteves Barbato, a quem o irmão, comendador de Faia, emprazou em 3 vidas a Quinta da Pousada, Isabel Vasques Peixoto, mulher de Gil Lourenço. Em 1451, Rui Vasques Peixoto transmite o morgado a seu irmão, Rui Vasques Peixoto, contudo Violante Vasques Peixoto a quem lhe tinha sido emprazada as terras da Casa da Pousada pretende valer os seus direitos e contesta a posse destas terras. Em 1453, Dom Afonso I, Duque de Bragança e Conde de Barcelos, divide os rendimentos da quinta da Pousada entre os dois irmãos, por sentença datada de 1453 (pergaminho nº 38). Apesar das querelas, Rui Vasques Peixoto deixa o senhorio da Pousada a seu filho primogénito, Álvaro Vaz Peixoto. A sucessão destas terras vai-se efetuando, até que, em 1894, último descendente, João Gonçalo Francisco de Borja Pacheco Pereira de Sousa Peixoto de Carvalho, vende a Casa da Pousada a Domingos José Ribeiro Guimarães, membro do senado vimaranense, Presidente da Associação Comercial de Guimarães, que a deixa a sua filha D. Rita Martins Moura Machado, moradora na Casa dos Laranjais, casada com José Maria Francisco Moura Machado, médico militar, oriundo da Casa de Chelo, Celorico de Bastos. D. Rita Moura Machado fez obras na Casa da Pousada, mas deixa-a ao abandono. Em 1922, dá-se um incêndio na Casa da Pousada e quem a herda é seu filho, Dr. José Moura Machado. Este deu início às obras de restauro e dá à Casa da Pousada “o que há muito lhe faltava: o calor do lar a iluminar, a proteger, a amar estas velhas pedras, vínculo mais antigo das terras de Guimarães” .Adelaide Moraes – Velhas Casas: Casa da Pousada - freguesia de Azurém. In Boletim Trabalhos Históricos Vol. XXVIII (1975-1977), p.2-108.

Localidade

Guimarães - freguesia de Azurém

Âmbito e conteúdo

Constituído por instrumentos de perfilhação, posses, pagamento, sentenças e procuração.

Tradição documental

Tipo técnica de registo

Sistema de organização

Ordenação cronológica.

Condições de acesso

Comunicável

Condições de reprodução

A reprodução deverá ser solicitada por escrito através de requerimento dirigido ao responsável da instituição.

Idioma e escrita

Escrita

Instrumentos de pesquisa

ARQUIVO MUNICIPAL ALFREDO PIMENTA [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha].GUIMARÃES:AMAP, 2015 - .Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência do Arquivo Municipal Alfredo Pimenta. Em atualização permanente.