Carta de D. Afonso IV sobre o relego de Guimarães
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/MGMR/ADP/CMGMR/A/002/8-1-1-11
Tipo de título
Atribuído
Título
Carta de D. Afonso IV sobre o relego de Guimarães
Datas de produção
1333-11-29
a
1333-11-29
Dimensão e suporte
1 doc. (545x325 mm)
Cota atual
8-1-1-11
Cota antiga
Nº 10
Transcrição
"Dom Afonso pela graça de Deus Rei de Portugal e do Algarve. A quantos esta carta virem faço saber que o Concelho de Guimarães me enviarom dizer que elles eram aggravados em feito do meu relêgo dessa villa de Guimarães e de seu termo dizendo que quando eu não encubava vinho em minha adega dessa villa que o meu almoxerife e escrivão dessa villa lhe mantinha relego bem como se hy houvesse vinho. E pedira-me por merce que não os aggravasse em esto e que me dariam cousa certa de cada anno quando eu vinho não houvesse em essa minha adega. E eu vendo o que diziam e querendo-lhys fazer merce. Fiz avenca com o dito Concelho em esta guiza que me deseem cem libras em cada um anno quando eu vinho não encubasse em essa minha adega segundo é conteudo em um instrumento que Estevão paes procurador do dito Concelho para esto sobreposto mostrou do qual o teor é - In nomine Domini Amen. Saibam todos quanto esto instrumento de avenca e de composição virem como nós Juizes e Concelho de Guimarães juntos por pregão na Crasta de Santa Maria de Guimarães vendo em como des muitos annos ata ora foi discordia e contenda antre nós e os Almoxerifes e escrivães que forão e são na villa de Guimarães por nosso senhor El -Rey pelo tempo por razão do Relego que o nosso senhor el Rey há-de haver em cada um anno em Guimarães sobre que nós diziamos e recebiamos pelos ditos officiaes delRey, aggravamentos e sobre que esses Almoxerifes e Escrivães dizem que husavam d'esse Relego direitamente para o nosso Senhor El-Rey segundo e por obreigo(?) nos fezemos esto saber alRey que fosse sua mercê que se....fizera alguma certidão como husassemos sobre este Relego em guisa que nos fezesse em el merce. E nós que o servissemos e por que nos nosso Senhor El-Rey mandou dizer pelo nosso procurador que a lo enviamos sobre esto que falassemos com o Almoxerife e Escrivão que ora som que composyssom queryamos sobre esse Relego antre nós e elle e lho envyassemos a dizer nós os Juizes e Concelho juntos por pregom que Vasco Domingues Almoxerife e João de Santarém Escrivão da dita vila na Crasta da Egreja de Santa Maria de Guimarães. Nos e Concelho por nos de uma parte, e nós Vasco Domingues Almoxerife e João de Santarém escrivão de nosso senhor El Rey da outra por esse por esse nosso senhor El Rey vendo primeiramente e considerando ser serviço seo el por serviço vir e sua merce for fazemos tal composyssom sobre o dito Relego antre o dito Concelho e nosso Senhor El Rey que desaqui adeante não vendo ou não querendo vender nosso Senhor o vynho seu proprio em vyla de Guimaraes que ele deve vender se quiser nos meses de janeyro e fevereyro que non aia relego nos ditos meses na dita vyla nem no castelo e em seus termos e esse Concelho deve por e a dar em cada um ano a nosso senhor El Rey se esse Relego hy nom ouver cem libras de portugueses por primo dya de março em cada huum ano E se nosso senhor El Rey quiser vender o seu vinho nos ditos dous mezes e ter Relego o dito Concelho não ser obrigados a hy dar as ditas cem libras e se acontecer que o nosso senhor El-REy não houvesse tanto vinho que podesse delle manter venda nos ditos mezes e sahisse antes que os ditos dous mezes fossem cumpridos nosso Senhor El Rey deve arrendar e pôr suas avenças no tempo que sobejar dos ditos dous mezes no dito Relego desque esse seu vinho sahir e esse Concelho.
Relações com registos de autoridade